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Revisitando: Kanye West - My Beautiful Dark Twisted Fantasy (2010)

  Kanye West. O homem. A lenda. Louco ou gênio? Provavelmente ambos. No auge do seu egocentrismo e da sua maluquice surge "My Beautiful Dark Twisted Fantasy", o álbum favorito da Pitchfork na década passada, o queridinho da crítica, o álbum que em seu lançamento recebeu tantos 10 que tornar-se-ia redundante citar todas as publicações que deram. Por outro lado, ele é tão amado pelos fãs que figura entre os álbuns mais populares e amados de rap da década passada, além de ter tido uma estranha influência na música indie (não é incomum encontrar fãs deste tipo de música que gostam apenas do Kanye em matéria de hip-hop).  Sempre se analisou My Beautiful Dark Twisted Fantasy sob a ótica de um álbum influente e grandiloquente, e, depois de mais de 10 anos de seu lançamento, poucos críticos se meteram a analisar o álbum como manifestação artística individual. Dos críticos que o fizeram lembro-me apenas do Anthony Fantano -- cuja análise do álbum é o seu vídeo mais infame em 12 anos d...
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Resenha: Machado de Assis - O Alienista (1882)

  The madman is not the man who has lost his reason. The madman is the man who has lost everything except his reason. The madman's explanation of a thing is always complete, and often in a purely rational sense satisfactory. - G.K. Chesterton Machado de Assis. Tudo o que eu predicar sobre este nome é agora absolutamente redundante, tendo em vista que Machado é, sem duvida alguma, o escritor brasileiro mais conhecido e estudado de toda a história de nossa breve literatura. Nascido no século XIX -- o século que o Brasil começou a ser uma nação à parte de Portugal -- Joaquim Maria Machado de Assis foi o fundador da Academia Brasileira de Letras e um prolífico contista, novelista, romancista, poeta, ensaísta e tudo o mais. Escreveu, sobretudo, em duas escolas literárias: romantismo e realismo. O Alienista é, de maneira evidente, realista; no entanto, pela brevidade do livro, há uma polêmica se esta obra seria uma novela ou um romance. Sem querer tomar parte desta aparente...

Resenha: Porcupine Tree - Signify (1996)

      Quando se fala dos álbuns de Steven Wilson lembra-se logo ou dos trabalhos extremamente psicodélicos que alçaram sucesso na época do fim do Pink Floyd , ao exemplo de The Sky Move Sideaways; ou, por outro lado, lembra-se de sua fase que flertava ora com um pop moderno à Coldplay , cheio de minuncias sonoras e músicas excessivamente bem construídas, ou pelo seu quase oposto dialético, o metal quase que wagneriano de álbuns como In Absentia, que a banda fizera com tamanho perfeccionismo que é capaz de mais lembrar um álbum de pop do que um álbum de heavy metal .    Signify se apresenta como um álbum que fica no limbo estético entre todas as fases da banda, ficando num estranho mix entre algo que é psicodélico sem ser surreal; pesado sem as distorções clássicas; sintético com uso recorrente dos instrumentos duma banda de rock comum; e, sobretudo, progressivo que soa mais alternativo do que qualquer outra coisa.    Dizendo isto pode soar como uma b...